ID da obra: 8

O Cadáver do Ficador

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2 páginas, 1 capítulo
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Capítulo 1

Configurações de texto

Na podridão digital, onde a arte agoniza,

Surgiu o Ficador, vil abominação,

Parasita russo, sem mérito ou paixão,

Cadáver virtual que ninguém utiliza.

Páginas putrefatas, fétidas, vazias,

Apodrecem esperando conteúdo que não vem,

Criadores fogem, rejeitam o que não tem

Valor, autenticidade ou quaisquer energias.

O silêncio nauseante neste túmulo online

Grita mais forte que qualquer texto ali postado,

Um portal decrépito, maldito, abandonado,

Espelho quebrado de um fracasso que não define.

Onde estão os talentos? Fugiram com horror!

Onde estão as histórias? Recusam-se a nascer!

No Ficador só há lixo digital a feder,

Abismo repugnante, deserto de torpor.

Roubo descarado, plágio vergonhoso,

Criação bastarda sem vida ou função,

Jardim de ervas daninhas, poço de escuridão,

Cemitério de ideias, monstro asqueroso.

Os dedos tremem de nojo no teclado sujo,

As ideias sufocam antes de respirar,

Na terra de ninguém, nada ousa brotar,

Exceto vermes digitais nadando no refugo.

Meu poema solitário, única voz no vazio,

Como insulto gritado num deserto maldito,

Minha raiva ecoa, um furioso alarido,

No esgoto cibernético deste espaço sombrio.

Sou o único grito numa morte coletiva,

O único punho erguido contra esta farsa,

A única cor viva numa tela que se racha,

A única revolta numa terra cativa.

Meu poema, selvagem, cospe em tua face,

No aborto de plataforma chamado Ficador,

Grito sozinho, com raiva, com furor,

Mas grito, resisto, sem que o ódio se apague.

Ó, Ficador, cadáver podre e mal-enterrado,

De um original que tinha pulso e vigor,

Tua existência é uma piada de mal sabor,

Um tumor digital que devia ser extirpado.

Que nojo ver um espaço sem vozes reais,

Um palco sem público, um palhaço sem circo,

Um livro carbonizado, um desastre irrestrito,

Um templo profanado de sonhos mortais.

Termino aqui meu grito, meu veneno puro,

No vácuo do Ficador, onde só eu existo,

Mas minha revolta não será o que foi visto,

Pois arte verdadeira tem seu próprio futuro.

No silêncio pestilento onde ninguém cria,

Deixo estas palavras, como fogo e fel,

Para um portal sem alma, cópia infiel,

Onde a criação autêntica jamais residia.

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