ID da obra: 40

Desejo

Slash
R
Finalizado
0
Fandom:
Tamanho:
2 páginas, 418 palavras, 1 capítulo
Descrição:
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Noite avançada. Quarto do Jaílson. Zac chegou tarde. Com olhos que ardiam. E com lábios que diziam: vê até onde eu aguento. Ele mal teve tempo de fechar a porta atrás de si. Jay já tinha se levantado. Não disse nada. Só veio. Devagar. Como se fosse ele quem decidisse onde é o limite. — “Você demorou.”“Eu sei.” Já tá encostado na parede. Os lábios do Jay são duros, impacientes. Sem aviso. Ele se joga, agarra, fecha a porta atrás de si no escuro. Zac geme — abafado, na boca dele — e se aproxima mais, como se naquele beijo tivesse seu único abrigo. As mãos do Jay já estão por baixo da camiseta dele. Palmas quentes, firmes, deslizando pela cintura. — “Você veio pra isso?” Zac balança a cabeça, ofegante. — “Fala.”“...Sim.” Então Jay sorri — aquele sorriso torto que desmonta tudo por dentro. Arranca a camiseta do Zac, joga pro lado, se ajoelha — bem ali, na frente dele — e olha de baixo pra cima. Zac se agarra na parede, no próprio cabelo, no ar — porque o olhar do Jay queima. — “Fica quietinho pra mim.” E ele obedece. Quando os lábios do Jay se fecham nele — tomam, exploram, brincam — Zac morde o pulso pra não gritar. As coxas tremem. Ele sussurra entre soluços: — “Aí, Jay... não para...” E Jay só aperta mais forte seus quadris, sem deixar ele escapar. Ele sabe fazer de um jeito que escurece a visão do Zac. De um jeito que cada segundo vira uma eternidade. Ora alivia a pressão, ora acelera com tudo, leva até o limite — e recua. De novo. — “Quer gozar, Santiago?” — sussurra, lambendo os lábios. — “Vai ter que pedir.” Zac treme, a língua tropeça. O orgulho atrapalha. O desejo é mais forte. — “Por favor... me deixa...” Jaílson se levanta. Ergue ele nos braços — literalmente — joga na cama, se joga por cima. — “Então implora direito.” As mãos seguram os pulsos dele. O corpo, colado. Ele entra de uma vez, forte. Zac se arqueia, a boca escapa em meio a um gemido e meio grito: — “Ah—f-fodaaa, Jay—!” E não tem mais pausa. Só movimentos desesperados. Arfadas. O som molhado de pele contra pele. Jay segura ele pela garganta — sem força, mas com promessa. — “Você é meu, Santiago, né?” Zac balança a cabeça. Chora. Ri. Diz “sim, caralho, sou teu” — e é aí que ele goza. Com um grito alto, proibido, com os olhos turvos. Com o coração que não aguenta de tanta proximidade. E Jay ainda fica um tempo dentro dele. Ainda demora pra soltar.
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