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12 de agosto de 2025 às 09:30
Noite avançada. Quarto do Jaílson.
Zac chegou tarde. Com olhos que ardiam.
E com lábios que diziam: vê até onde eu aguento.
Ele mal teve tempo de fechar a porta atrás de si. Jay já tinha se levantado.
Não disse nada. Só veio.
Devagar.
Como se fosse ele quem decidisse onde é o limite.
— “Você demorou.”
— “Eu sei.”
Já tá encostado na parede.
Os lábios do Jay são duros, impacientes. Sem aviso. Ele se joga, agarra, fecha a porta atrás de si no escuro.
Zac geme — abafado, na boca dele — e se aproxima mais, como se naquele beijo tivesse seu único abrigo.
As mãos do Jay já estão por baixo da camiseta dele. Palmas quentes, firmes, deslizando pela cintura.
— “Você veio pra isso?”
Zac balança a cabeça, ofegante.
— “Fala.”
— “...Sim.”
Então Jay sorri — aquele sorriso torto que desmonta tudo por dentro.
Arranca a camiseta do Zac, joga pro lado, se ajoelha — bem ali, na frente dele — e olha de baixo pra cima.
Zac se agarra na parede, no próprio cabelo, no ar — porque o olhar do Jay queima.
— “Fica quietinho pra mim.”
E ele obedece.
Quando os lábios do Jay se fecham nele — tomam, exploram, brincam — Zac morde o pulso pra não gritar.
As coxas tremem. Ele sussurra entre soluços:
— “Aí, Jay... não para...”
E Jay só aperta mais forte seus quadris, sem deixar ele escapar.
Ele sabe fazer de um jeito que escurece a visão do Zac.
De um jeito que cada segundo vira uma eternidade.
Ora alivia a pressão, ora acelera com tudo, leva até o limite — e recua. De novo.
— “Quer gozar, Santiago?” — sussurra, lambendo os lábios. — “Vai ter que pedir.”
Zac treme, a língua tropeça. O orgulho atrapalha. O desejo é mais forte.
— “Por favor... me deixa...”
Jaílson se levanta.
Ergue ele nos braços — literalmente — joga na cama, se joga por cima.
— “Então implora direito.”
As mãos seguram os pulsos dele. O corpo, colado.
Ele entra de uma vez, forte.
Zac se arqueia, a boca escapa em meio a um gemido e meio grito:
— “Ah—f-fodaaa, Jay—!”
E não tem mais pausa. Só movimentos desesperados.
Arfadas. O som molhado de pele contra pele.
Jay segura ele pela garganta — sem força, mas com promessa.
— “Você é meu, Santiago, né?”
Zac balança a cabeça. Chora. Ri. Diz “sim, caralho, sou teu” — e é aí que ele goza.
Com um grito alto, proibido, com os olhos turvos. Com o coração que não aguenta de tanta proximidade.
E Jay ainda fica um tempo dentro dele.
Ainda demora pra soltar.