O escultor

Mais um corpo havia sido encontrado, mais uma macabra escultura humana, outro dia 15, outro mês, outro corpo. O “escultor” não falhava em serviço. Os locais haviam erroneamente lhe chamado assim, seu trabalho tinha mais haver com taxidermia do que com esculturas. Aquele era um dos serial killers mais insanos que a polícia já havia lidado. A polícia não sabia nada sobre ele, nem sequer se era mais de uma pessoa. De tantos nomes dados a ele, escultor foi o que se popularizou, o taxidermista, o montador, o costureiro assassino, o cirurgião da morte, todos nomes tolos, dados a não uma pessoa, mas a um monstro. O nome escultor ficou famoso pois suas “esculturas humanas” são deixadas em praças e ruas escuras na madrugada de todos os dias 15 de cada mês, como uma eterna exposição. A primeira pessoa a achar uma de suas “obras”, achava ter visto uma escultura feito de cera hiper realista, deixada em na praça principal. Logo foi-se descoberto que aquela estatueta feminina com 6 pares de braços na verdade eram o corpo de Lisa Bron e os seis pares de braços não pertenciam a ela. Em sua primeira obra era provável a morte de uma garota e esquartejamento dos membros de 6 pessoas. Lisa foi uma estudante de um colégio local, havia sumido a cerca de um mês, e agora se encontrava ali, sem os braços, com seus pares de braços de outras pessoas no lugar dos seus. Havia bastante Silicone no corpo, haviam mudado a anatomia de Lisa com a garota ainda em vida. A garota de apenas 15 anos, parecia uma mulher já feita, com o novo corpo que haviam lhe dado. A morta estava quase irreconhecível. Isso deveria ter facilitado o caso, aberto um leque de possibilidades para a polícia investigar, mas não abriu. Não havia sequer o registro de um médico com tamanhas habilidades anatômicas mas cidades circunvizinhas ou nesta cidade, taxidermistas e cirurgiões plásticos só existiam em cidades grandes, bem longe de cidadezinhas interioranas como aquela. Não havia sequer um suspeito até agora. A cidade sempre foi ridiculamente pacata, até 4 meses atrás, quando este pesadelo teve seu início, George nunca tinha investigado nada tão sério em toda a sua carreira, mas havia prometido a si mesmo que acharia o culpado e o levaria a justiça... Se ele soubesse no inferno que iria se meter, ele teria adiantado a aposentadoria e deixado esse caso para trás ...